Skatista do Mês: Virgínia Fortes Águas

03 Abr

Conheça Virgínia, carioca e primeira mulher do time Vans Brasil a estrear a série de conteúdos dos esportes de ação.

Virgínia Fortes Águas passou por algumas provações da vida desde o meio de 2022, como o rompimento do LCA, primeiro no joelho esquerdo e depois do joelho direito. Após completar, recentemente, 18 anos de idade, Virgínia está pronta para voltar com tudo ao skate e aproveitou para responder algumas perguntas ao blog da Vans. Conheça um pouco mais dessa talentosa skatistas de Niterói, no Rio de Janeiro.


Conte um pouco da sua história e como o Skate entrou na sua vida.  


Ando de skate desde muito pequenininha, aproxidamente quando eu tinha 4 anos de idade. Aos meus três para quatro anos, comecei a andar de skate na minha casa. Meu pai era surfista, tinha prancha, tinha skate e eu andava de longboard pela casa. Como meu pai tinha um amigo que tinha uma escolinha de skate e, aí, uma vez, a gente foi visitar esse amigo dele. E tipo, era pertinho da minha casa, a gente foi lá, eu fiz uma aula experimental e me apaixonei completamente pelo skate. Nunca mais parei de andar. 


Qual a sua melhor lembrança com a Vans?  


A minha melhor lembrança foi, com certeza, fazer parte do 'Mi Casa Su Casa', que foi minha primeira tour e, ainda por cima, com esse time da Vans que tinha vários skatistas de outros países também. Foi muito legal, foi minha primeira turma participando numa tour de marca e eu fiquei muito feliz. Foi uma experiência bizarra, muito legal e foi uma das minhas melhores lembranças. 

Qual o seu tênis favorito para a sessão de skate e também para o dia a dia? 


Ultimamente tenho gostado muito do Wayvee. Eu tinha achado o tênis muito lindo também, mas além disso ele é muito confortável. O Wayvee amortece muito bem e eu posso fazer tudo. Além de andar de skate, eu posso malhar com esse tênis, caminhar. Ele é superconfortável e é um dos meus preferidos. 


Você passou por duas operações nos joelhos em um período de dois anos. Como está a tua recuperação? Já está voltando a andar? Existe algum processo mental para voltar a andar de skate e não "travar"? 


Passar por isso foi uma das coisas mais difíceis que já aconteceram comigo no skate sendo atleta. A primeira cirurgia foi bem tranquila, voltei muito bem, mas logo depois teve outra, no outro joelho. Foi difícil. Tinha acabado de me recuperar da primeira cirurgia, mas vida de skatista é assim. É isso, bola para frente, ter paciência e recuperar certo. Tô muito feliz, tô indo com calma, sem pressa, porque a parte psicológica é muito importante. A gente malha, malha, malha, mas o que mais importa e uma das coisas mais difíceis é o psicológico. A volta é difícil: o medo, a pressão... Essas coisas são muito difíceis, mas é só ir com calma que vai dar certo. O processo é longo, mas com calma e pensando, vai dar tudo certo.  



Muita gente se surpreendeu com suas manobras no projeto Mi Casa Es Tu Casa, achando que você só andava em pistas. Como foi participar de um projeto como esse? 


Com certeza, o projeto 'Mi Casa Su Casa' foi um dos mais legais que já participei. Com todo aquele suporte e, para mim, foi um desafio. Adorei cada segundo, foi sensacional estar lá, viajando com o pessoal da Vans em Brasília. Foi algo diferente todos os dias. Além disso, para mim foi uma experiência nova, porque eu sempre fui muito mais de andar em pista do que em rua. Gostei muito e quero muito voltar a andar de novo nas ruas.

Você passou uma longa temporada em Lisboa. Quais as principais diferenças entre os skatistas portugueses e brasileiros? 


Passar essa temporada em Lisboa foi muito importante para mim, como skatista e como pessoa. Poder viver a cultura europeia e participar de campeonatos, andar em picos de rua, conhecendo outras pessoas. Os portugueses são muito acolhedores, gente boa e foi muito legal ter essa vivência. Não vejo a hora de voltar para lá. 


O skate feminino está cada vez crescendo mais e atingindo novos patamares. Quão grande você vê o skate feminino ficar? 


De uns anos pra cá, o skate feminino cresceu absurdamente, não só no Brasil, mas no mundo todo. Como mulher, eu não poderia estar mais feliz e tenho certeza que o skate feminino vai alcançar muitas coisas e vai surpreender muita gente. Meus planos futuros envolvem focar na minha recuperação, em voltar a andar de skate, a me sentir bem, voltar a competir. Estou muito ansiosa. Virá muita coisa legal aí, tenho certeza. 


Algum recado ou agradecimento? 


Queria agradecer à Vans por deixar eu contar um pouquinho aqui da minha história e todas as mulheres skatistas Tenho uma frase que eu levo comigo há muito tempo e que sempre me ajudou muito, que é: 'Luta na vitória'. É isso, sem luta você não consegue nada. Sigo sempre lutando aqui. 


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